Bolsonaro e o Golpe de Estado: As Provas Irrefutáveis
Descubra as provas irrefutáveis que ligam Bolsonaro ao 8 de Janeiro, incluindo acampamentos golpistas, faixas do Planalto e abrigos a foragidos. Leia a análise completa!
A Ligação Direta com os Acampamentos Golpistas
Dois dias antes do fim do governo Bolsonaro, ele ordenou a retirada dos acampamentos golpistas, mas recebeu um telefonema do General Freire Gomes, que posteriormente revelou à Polícia Federal que Bolsonaro o instruiu a não desmontar os acampamentos. Era crucial para Bolsonaro que os manifestantes permanecessem em Brasília, fortalecendo seu plano de contestação ao resultado das eleições. Se ele realmente quisesse que os acampamentos fossem desmontados, bastaria uma declaração dizendo: “Perdi a eleição, voltem para casa, daqui a quatro anos tem mais”. Mas ele fez exatamente o oposto.
Além disso, Bolsonaro chegou a abrigar três pessoas que estavam sendo procuradas pela polícia dentro do Palácio da Alvorada. Entre eles, Oswaldo Eustáquio e outros dois manifestantes, que estavam na porta do quartel e, ao perceberem que seriam presos, foram acolhidos pelo então presidente. Esse gesto demonstra seu apoio direto aos golpistas.
As Faixas Golpistas Produzidas no Palácio do Planalto
A Polícia Federal revelou que as faixas utilizadas nos acampamentos pedindo intervenção militar, como “SOS Forças Armadas” e “Salvem o Brasil”, foram produzidas dentro do Palácio do Planalto. O General Mário Fernandes, que era o número dois da Secretaria-Geral da Presidência, trocava mensagens aprovando e sugerindo frases para esses materiais.
Não era apenas um movimento espontâneo: havia toda uma estrutura dentro do governo coordenando os protestos e incentivando a população a ir às ruas para pressionar as Forças Armadas a intervir. Como pode Bolsonaro alegar que não tem qualquer envolvimento com o golpe de 8 de janeiro se até a produção dos materiais golpistas era organizada dentro da sede do governo?
A Confissão de Bolsonaro: O Plano Sempre Esteve Claro
Bolsonaro não escondeu seus planos golpistas. Desde os anos 1990, ele deixou claro o que faria caso assumisse a presidência. Em uma entrevista, ele declarou:
“Eu sou favorável à tortura. O povo é favorável a isso também. Se eu fosse presidente da República, eu fecharia o Congresso Nacional sem a menor dúvida. Daria um golpe no mesmo dia. Pelo voto, você não muda nada neste país, nada! O Brasil só mudará com uma guerra civil e matando 30 mil pessoas, começando por Fernando Henrique Cardoso.”
Esse discurso de 30 anos atrás reflete exatamente o que ele tentou fazer durante seu mandato: desacreditar o sistema democrático, incentivar o golpe e, quando perdeu a eleição, tentou desestabilizar o país.
A Estratégia de Defesa de Bolsonaro
Diante das provas irrefutáveis, os advogados de Bolsonaro não questionam os fatos, pois seria impossível refutá-los. Em vez disso, tentam invalidar o processo por questões formais, alegando que o julgamento não deveria ocorrer no STF, que a delação de Mauro Cid deveria ser anulada, que o ministro Alexandre de Moraes deveria ser afastado, entre outras manobras.
O Supremo Tribunal Federal, no entanto, rejeitou todas essas tentativas. Os pedidos foram negados um a um:
- Transferência do julgamento para a primeira instância: Negado (5 a 0).
- Mudança do julgamento para o plenário completo do STF: Negado (4 a 1).
- Anulação da delação de Mauro Cid: Negado.
- Afastamento de Flávio Dino e Cristiano Zanin: Negado.
- Anulação de provas: Negado.
Com isso, Bolsonaro está a um passo de se tornar réu no processo que investiga a tentativa de golpe de Estado. Amanhã, o STF continuará a sessão de julgamento, e é esperado um placar de 5 a 0 a favor da aceitação da denúncia.
O Futuro de Bolsonaro: Inevitável Julgamento
Bolsonaro caminha para um futuro jurídico complicado. Como já aconteceu com figuras como Carla Zambelli, que perdeu o mandato, ele pode enfrentar consequências severas. Sua estratégia de descredibilizar as instituições não está funcionando e, ao que tudo indica, ele estará em breve no banco dos réus.
Os próximos dias serão decisivos para o destino do ex-presidente e de seus aliados, mas uma coisa já está clara: as provas do golpe de Estado são incontestáveis e a justiça está cada vez mais perto de responsabilizar seus autores.
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